sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Irena Sendler

Nascida em 1910, Irena Sendler foi uma desconhecida durante muitos anos para os Polacos. Foi uma das grandes heroínas Polacas da Segunda Guerra Mundial, salvou cerca de 2.500 crianças judias do gueto de Varsóvia, morreu aos 98 anos em 12 de Maio de 2008.
É recordada como a mulher que "educaram a partir da crença de que se deve salvar as pessoas não importa a religião ou nacionalidade".
Só em Março de 2007 é que a Polónia lhe prestou uma homenagem solene e o seu nome foi proposto para Prémio Nobel da Paz.
No entanto, o memorial Israelita do Holocausto, o Yad Vashem, entregou-lhe em 1965 o título de “Justo entre Nações”, destinado aos não judeus que salvaram judeus.
Assistente social, Irena Sendler trabalhava antes da guerra com famílias judias pobres de Varsóvia, a primeira metrópole judia da Europa, onde viviam 400.000 dos 3,5 milhões de judeus de toda a Polónia.
A partir do Outono de 1940, passou a correr muitos riscos ao fornecer alimentos, roupas e medicamentos aos moradores do gueto instalado pelos nazistas.
No fim do verão de 1942, Irena Sendler uniu-se ao movimento de resistência Zegota, (Conselho de Ajuda aos Judeus).
A Polaca conseguiu retirar de maneira clandestina milhares de crianças do gueto e alojava-as entre famílias católicas e conventos.
As crianças eram escondidas em malas e retiradas por bombeiros ou de caminhões de lixo. Em alguns casos chegavam a ser escondidas dentro dos abrigos de pessoas que tinham autorização para entrar no gueto.
Sendler foi presa em sua casa em 20 de Outubro de 1943.
Durante o período em que ficou detida no quartel-general de Gestapo, foi torturada pelos nazistas que quebraram os seus pés e as suas pernas. Ainda assim, ela nada disse. Logo depois, foi condenada à morte, mas milagrosamente foi salva quando a conduziam à execução por um oficial alemão que a resistência Polaca conseguiu corromper.
Sendler continuou sua luta clandestina sob uma nova identidade até o final da guerra, trabalhando como supervisora de orfanatos e asilos no seu país.
Nunca se considerou uma heroína. "Continuo com a consciência pesada por ter feito tão pouco", confessou.
Devido ao seu estado de saúde delicado, Irena Sendler não participou na cerimonia onde foi homenageada em 2007, mas enviou uma sobrevivente, salva por ela de um gueto quando bebé, em 1942, para ler uma carta em se nome.
"Convoco todas as pessoas generosas ao amor, à tolerância e à paz, não somente em tempos de guerra, mas também em tempos de paz", escreveu.


Não podia deixar de prestar aqui a minha homenagem a esta maravilhosa Senhora Irena Sendler, que apesar de não ter recebido o Prémio Nobel da Paz, não necessitou dele para demonstrar a sua bravura e simplicidade. Precisamente hoje data em que se celebra 67 anos da libertação do campo de concentração e de extremínio de Auschwitz,  Dia Internacional em Memória das Vitimas do Holocausto.
Obrigada Irena Sendler em Nome do Povo Judeu e em nome da Humanidade!

Muita Luz!

Foto de Irena Sendler: Retirada do blog da minha amiga Victória http://iala300-victoria.blogspot.com/ 
Foto de Memorial: retirada de pesquisa na net, desconheço o autor.

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