"É meu desejo que o poder espiritual da paz toque cada
pessoa na Terra, irradiando de uma paz profunda em nossa mente, atravessando as
fronteiras políticas e religiosas, e indo além das fronteiras do ego e da
convicção de sermos os donos da verdade. Nossa primeira tarefa como pacifistas
é remover os conflitos internos causados pela ignorância, raiva, apego, inveja
e orgulho. Nós deveríamos buscar
uma paz interior tão pura e estável, que seria impossível sermos levados pela
raiva diante daqueles que lucram e vivem com a guerra, ou pelo autocentrismo e
medo daqueles que nos confrontam com desprezo e ódio.
Uma paciência
extraordinária é necessária para que trabalhemos pela paz mundial, e a fonte
dessa paciência é a paz interior. Esta paz nos permite ver claramente que a
guerra e o sofrimento são os reflexos externos dos venenos da mente. A
diferença essencial entre os pacifistas e aqueles que promovem a guerra é que
os primeiros têm disciplina e controle sobre a raiva egoísta, o apego, a inveja
e o orgulho, ao passo que os outros, devido à ignorância, fazem com que esses
venenos se manifestem no mundo. Se você realmente entender isto, nunca se
permitirá ser derrotado interna ou externamente.
No Budismo Tibetano, o
pavão é o símbolo do bodisatva, o guerreiro desperto que trabalha pela
iluminação de todos os seres. É dito que o pavão se alimenta de plantas
venenosas, mas transforma o veneno nas cores magníficas de suas penas, sem se
intoxicar. Da mesma forma, nós, que defendemos a paz mundial, não podemos nos
envenenar com a raiva. O trabalho pela paz é um caminho espiritual em si
mesmo, um meio de desenvolver as qualidades perfeitas da mente e testá-las em
situações de necessidade urgente, sofrimento extremo e morte. Não tenha receio
de dar-lhe seu tempo, energia e apoio."
S. Ema. Chagdud Tulku Rinpoche
MUITA LUZ!
Foto retirada de pesquisa na net,
desconheço o seu autor.
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