sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

PARÁBOLA DE BUDA E UM MALFEITOR


Conta-se que Buda, antes de se elevar aos cimos celestiais, visitou os círculos inferiores da espiritualidade a fim de irradiar a Sua luz e energia para os corações dos impenitentes daquelas regiões sem luz.   
          Quis a Providência Divina que o Mestre se defrontasse com um conhecido malfeitor das redondezas onde Ele vivera, cuja fama de mau espalhara o terror nos corações simples dos habitantes locais.  
          No fundo de um poço escuro e lamacento, revolvendo-se em agonia na companhia de seus asseclas, o facínora viu a Luz do Buda aproximar-se e bradou angustiado:
          - Senhor, por misericórdia, tira-me daqui!
          O Buda fixou por um instante o infeliz metamorfoseado em sua loucura e, tomado de compaixão, falou-lhe:
           - Conheço-te a fama, irmão. Ignoraste todas as lições do Bem que espalhei nos caminhos que trilhei e criastes para ti mesmo, com teus tresloucados actos, este abismo de sofrimento que agora te consome. Fez uma pequena pausa e continuou:
           - Mas, hás de ter feito algum bem em tua vida, pois não é possível que alguém seja totalmente mau. Anda... procura em tua mente, a fim de que eu te possa ajudar.
           Enquanto o Buda esperava pacientemente na borda do poço, o malfeitor pressionava-se duramente para descobrir algum acto de bondade que houvesse praticado. Mas, tudo em sua mente parecia ser só maldade. O Buda fez então um gesto de se retirar quando, de repente o malfeitor recordou que certo dia, a caminho de um assalto, evitara pisar numa pequena aranha que se colocara em sua passagem.   
          - Mestre! Falou pressuroso. Certo dia evitei pisar em uma aranha que atravessou o meu caminho...
          - Muito bem! Disse o Buda. O Amor deve ser pago com amor. Que a aranha retribua o benefício!
          Imediatamente surgiu na beira do poço uma pequena aranha, que celeremente teceu um ténue fio de seda até o fundo do poço. Rapidamente, o malfeitor agarrou o fio com toda firmeza e começou a subir por ele, admirando-se de sua resistência.
          Quando já se achava a meio, notou que um cacho humano, formado pelos seus antigos asseclas, também tinham começado a escalar pelo fio. Temeroso de que este se partisse, bradou fora de si:
           - Larguem... larguem o fio. Ele é meu!  
           Imediatamente o fio, que até então havia suportado todo o peso, como se ele não existisse, partiu-se, precipitando-os a todos novamente no abismo, onde consta que permaneceram largos anos culpando-se uns aos outros, em meio a grandes tormentos.
           Havia, porém, uma lição a ser aprendida. E antes de se retirar o Buda comentou:

          - Infelizmente, vocês ainda não estão preparados para usufruir dos benefícios do amor. Por isso, o fio partiu-se. Aprendam a lição: os liames do egoísmo são frágeis, mas o fio da caridade, mesmo sendo ténue, jamais se rompe.

MUITA LUZ!

3 comentários:

  1. Linda parábola e que a caridade prevaleça sempre! beijos, tudo de bom,chica

    ResponderEliminar
  2. Ti Auguro un anno splendente che ti regali i suoi riflessi più belli e i suoi raggi più caldi ogni giorno, come se il sole splendesse sempre. Buon 2015, e che sia come lo vuoi tu. Auguri.!

    ResponderEliminar
  3. Amiga do além mar, que corre corre, consegui resolver o problema do note, de um único jeito, dez parcelinhas em uma promoção de um novo, bem, deixa te falar que eu adorei a postagem que falas do novo ano, mas não pude deixar de ler esta e como eu adoro os ensinamentos deixado por Buda, quero te dar os parabéns pela excelente postagem, agora vou lá na primeira deixar meu comentário, bjos te gosto muito

    ResponderEliminar

Obrigado, o seu comentario estará visível após aprovação.

BLACK WINGS

My Wings are Black Not because I’m Mean or Evil But they Become Black While I Was Emerging From Darkness Why are They Still Black? Because I...