Carta pela Compaixão Universal
(Por uma nova civilização)
A professora e pensadora Karen Armstrong lançou em
2009 a Carta pela Compaixão, que teve grande repercussão, colheu muitos apoios
e patrocínios institucionais e estatais, foi assinada por celebridades e pelos
principais líderes religiosos mundiais e deu lugar a muitas acções pedagógicas:
A ideia e o projecto original da Carta pela
Compaixão Universal surgiu de Paulo Borges, professor de Filosofia e
activista para a compaixão.
Inspirado na Carta pela Compaixão, Paulo Borges
entendeu que esta poderia, e deveria, ser estendida a todos os seres e ao
planeta que todos nós compartilhamos, interligados.
Ele partilhou a sua ideia com amigos, recolheu as suas
contribuições e assim nasceu a Carta pela Compaixão Universal.
“Com todo o seu imenso
mérito, cremos todavia que a Carta pela Compaixão se limita aos seres humanos,
não tendo em conta o imperativo que conduziu ao próprio reconhecimento de
direitos iguais para todos os seres humanos: expandir a consideração ética a
todos aqueles que sejam portadores de uma mesma natureza fundamental, para lá
das afinidades e interesses limitados aos grupos familiares, tribais,
nacionais, étnicos, culturais, políticos, económicos e religiosos. Como a ciência
hoje inequivocamente reconhece , os animais não-humanos, sendo capazes de
experimentar a dor e o prazer psicofisiológicos e emoções como a alegria, o
sofrimento, o medo e a angústia, têm também uma natureza consciente e
senciente, e logo interesses fundamentais na preservação da sua vida,
integridade física, bem-estar e habitat natural, devendo portanto ser alvo de
consideração e respeito pelos sujeitos racionais e éticos que são os humanos.
Por este motivo, propomos aqui uma mais abrangente Carta pela Compaixão
Universal, que assume também o valor intrínseco e não meramente instrumental do
mundo natural. Assumimos esta Carta pela Compaixão Universal como bússola
orientadora das nossas vidas e exortamos a que todos o façam, divulgando-a por
todos os meios, em prol de uma urgente mudança da civilização.”
“Para que isto aconteça empenhamo-nos em promover uma
cultura da expansão da consciência, que alguns chamam espiritualidade, que pode
ser laica e não religiosa, baseada em valores transversais a crentes, ateus e
agnósticos, como o amor, a compaixão, a solidariedade, a generosidade, a paz e
a justiça. Importa que essa cultura, orientando a mente para o bem comum de
todos os seres e do planeta, seja o centro de uma nova educação e se reflicta
em todos os níveis dos sistemas de ensino. Há que formar novas gerações de
cidadãos conscientes e responsáveis que se empenhem numa nova intervenção
social, cívica e política, radicalmente não-violenta e movida pela sabedoria,
amor e compaixão universais. Deles surgirão novas pessoas que ocuparão os novos
centros de decisão política, económico-financeira e administrativa, assumindo
responsabilidades institucionais e governativas em prol do bem comum global.
Para tal parece-nos essencial transitar da democracia representativa para a
participativa, assegurando aos eleitores mecanismos de fiscalização eficaz dos
eleitos. Estamos conscientes da urgência de novas formas de liderança e
exercício do poder, o mais descentralizadas e partilhadas possível. O poder é
um serviço e uma responsabilidade, não um usufruto movido por interesses
pessoais e de grupos. Estamos decididos a redignificar a política,
emancipando-a dos poderes económico-financeiros, vinculando-a à cultura da
expansão da consciência e pondo-a ao serviço de uma ética do bem comum de todos
os seres e da Terra.
Apesar da aparência preocupante e caótica do estado
actual do mundo, estamos decididos a não nos deixarmos dominar pela tristeza,
desalento, desespero, angústia ou agressividade. Somos já milhões em toda a
Terra a construir esta nova realidade nas nossas vidas, com alegria e confiança
nos imensos resultados benéficos já evidentes. Com o eloquente exemplo destes
benefícios, e da nossa acção baseada na paz, na alegria e na confiança, sabemos
que cada vez mais consciências despertam e despertarão para esta profunda
mudança.”
Esta Carta já correu mundo e já foi assinada e
partilhada em escolas e locais públicos.
Sua Santidade Dalai Lama também já assinou.
Sua Santidade Dalai Lama também já assinou.
Afinal,
o planeta somos todos nós juntos, seres humanos, animais e plantas em interacção
constante. O Respeito pela vida de cada um, deve ser igual ao respeito pela
vida do próprio planeta, pois só assim podemos existir como um todo, só assim
poderemos existir ao mesmo tempo como cada um!
Namasté!
Ana
Maria
MUITA LUZ!
Ola querida Ana Maria!
ResponderEliminarClaro que iremos assinar e é pra já.
Linda iniciativa aqurida amiga.
Um abraço e fique com Deus.