Um dos meus temas preferidos sem dúvida é a Física Quântica
em todas as suas vertentes. Já repararam que a natureza que nos rodeia possui
um nível quântico tão extraordinário que não envelhece, renova-se e
regenera-se. Do ponto de vista quântico os neutrões e os protões não
envelhecem, nem a gravidade ou a electricidade. Por isso, o que significa mesmo
na realidade envelhecer? É muito difícil responder a esta questão, eu
atrever-me-ia a dizer que existem muitas coisas que contribuem para o factor
envelhecimento, como sejam a invasão sempre destrutiva/competitiva de
micróbios, o próprio desgaste físico ou as mutações aleatórias que ocorrem, mas
acima de tudo o que mais contribui para o envelhecimento é a própria entropia
do Universo a que estamos sujeitos. A vida, vista de um modo muito simplista,
nada mais é do que a ligação de partículas e de forças fundamentais – o ADN. E
este manteve-se prácticamente inalterável durante 600 milhões de anos. Este
monte de átomos unidos e ligados entre si tem sobrevivido a todas as agressões
externas, acredita-se que o ADN possui uma inteligência interior tão poderosa
que define os elementos e o tempo por éones (divisão de tempo muito grande, ou
não mensurável=Eternidade). O que levanta a questão do envelhecimento não ser
então uma coisa assim tão natural. Na Índia os antigos sábios reconhecidos pela
sua longa longevidade, atribuem o envelhecimento a um “Erro do Intelecto” em
sâncrito pragya aparadh. Acreditam desde logo que o grande erro é identificarmo-nos
com o nosso corpo físico, então para prolongar a vida teremos de corrigir o “Erro
do Intelecto” e passar a identificarmo-nos com o nosso corpo quântico. Sabia
que se você elevar a sua mente para um nível de funcionamento que esteja para
além da idade, então nessa altura o seu corpo vai começar a funcionar de modo
diferente do habitual, vai simplesmente envelhecer mais devagar porque essa vai
ser a informação que a sua mente lhe vai transmitir. Parece um princípio muito simples,
mas que não praticamos aqui no Ocidente. Regra geral pensa-se existir um enorme
fosso entre a imortalidade do ADN e a fragilidade da vida humana, mas na
verdade estas duas realidades estão mesmo muito próximas, não existindo fosso
algum entre o nosso ADN e nós próprios, existindo isso sim, uma distância que
se situa algures no domínio não físico do conhecimento. Eu explico melhor, para
existir conhecimento, tem de existir um conhecedor, um objecto que ele conheça
e um processo de conhecer que ligue os dois. Você é o conhecedor, o seu corpo é
o objecto que você forma com o seu conhecimento e os milhões de funções
celulares que ocorrem dentro de si, são então o processo de conhecer. Este é o
modelo tripartido de conhecimento, que nos permite ver como a nossa
inteligência interior se diversifica em inumeráveis combinações diferentes. Segundo
Deepak Chopra “o envelhecimento é apenas uma coisa, a perda de inteligência. A
cura, é a capacidade da inteligência de se auto-reparar. O envelhecimento é o
oposto, é um esquecimento gradual de como fazer as coisas ficarem bem, quando
elas funcionam mal.”
Faz sentido, não faz? Então, exercite a sua mente, pratique
meditação, cante, dance, mas acima de tudo para ter acesso ao seu corpo
quântico:
- Coma de acordo
com o seu tipo de organismo ou Dosha, saiba e tenha consciência de que somos mesmo
todos diferentes. E não se esqueça de que comer é um acto criativo que selecciona
a matéria-prima do mundo que irá ser transformada em si, logo evite
alimentos tóxicos e modificados.
- Digira e Assimile bem, pois estes também são
actos criativos que transformam os pedaços de matéria em tecido vivo, para tal
acontecer mastigue muito bem os alimentos e de forma calma, sem pressas.
- Elimine. A
eliminação é um acto igualmente criativo, pois purifica o corpo, excretando a comida que não foi digerida e libertando as células de toxinas. Seja regular na
sua rotina diária, se isso não acontece experimente beber todos os dias em
jejum um copo de água morna com sumo de ¼ de limão, vai-se surpreender com os
resultados.
- Respire.
Respirar é um ritmo básico da vida que suporta todos os restantes actos
criativos, pode mesmo ser considerado o acto mais criativo que executamos com o
nosso corpo. A respiração correcta sintoniza as nossas células com os outros
ritmos da natureza e quanto mais natural e refinada for a nossa respiração,
mais sintonizados ficamos. Faça assim, inspire como se cheirasse uma flôr e
expire como se soprasse uma vela de aniversário, nunca esquecendo de distender
o abdómen quando inspira e de contrai-lo quando expira.
Não se esqueça de olhar a vida como os Sábios Ayurvédicos,
olhe com olhos diferentes, olhe a vida através da imortalidade do nosso ADN, e
sintonize-se com o seu corpo quântico.
Tal como diz um famoso ditado Védico:
“A inteligência interior do corpo, é o derradeiro e supremo
génio na natureza. Ela espelha a sabedoria do cosmos.”
A nível quântico não existe nenhuma barreira nem fronteira
definida a separar o ser humano do resto do universo. Cada um de nós
encontra-se assim no equilíbrio entre o infinito e o infinitesimal, sendo que
acredito que os protões que se encontraram no centro das estrelas, que viveram
pelo menos cinco biliões de anos, encontram-se agora dentro de nós. Os neutrões
que atravessaram a terra durante alguns milionésimos de segundo, também fazem
agora parte de nós, nem que seja por um breve instante.
Conhecer o nosso corpo quântico e a nossa própria natureza
quântica é uma excitante viagem sem fim ao interior de nós mesmos, é conhecer
os nossos pensamentos mais profundos, as nossas crenças ou os nossos instintos.
Mas acima de tudo, é respeitar-se enquanto portador do seu corpo físico,
adicionando algumas pitadas de bom humor e uma incessante busca espiritual no
mais profundo do seu ser.
Vá
mais além dos seus horizontes e nunca se localize num espaço-tempo, mas veja-se espalhado em
todas as direcções possíveis flutuando num continuum mas subtil átomo de
energia.
MIA PÚRPURA
MUITA LUZ!
Fontes: Alguns dos ensinamentos aqui transmitidos foram obtidos de Deepak
Chopra. Guia completo da medicina mente-corpo – Saúde Perfeita. Foto retirada
de pesquisa na net, desconheço o seu autor.
Oi Ana!Que super texto! Muito bom! Na verdade tudo está em nossa mente no final das contas. Bjs e boa semana,
ResponderEliminarAnne, obrigada. É isso mesmo, a mente comanda o corpo, pena que quase nunca damos importância a esse pormenor.
EliminarBeijinhos de Luz!
Ana Maria
Boa noite, Ana Maria, que bom que está voltando, fico feliz, gostei muito desta tua postagem, esclarecedora e positiva, beijos Luconi
ResponderEliminarLuconi, obrigada pelas suas palavras, pois elas são muito importantes para mim. Grata pela sua visita.
EliminarBeijinhos de Luz!
Ana Maria
que dizer sobre este discurso, esta aula?
ResponderEliminargrato blogueira!
vejo transparência e solidariedade pela partilha!
este é um caminho lindo e o único verdadeiro...vale persistir e vivê-lo dia-a-dia...
"the thinker" ganhou novos ares para mim depois de seus comentários...consegui até me ver em uma forma de auto-retrato "quântico" rs...
obrigado amiga!
Ricardo meu grande amigo, agora você me fez sorrir. As suas palavras só mostram a grandiosidade da sua alma. Deixe que lhe diga que há muito tempo nada me tocou tão fundo como o "The Thinker" a tal ponto que até já o imprimi e o coloquei em casa no meu sítio preferido, sabe é que ele transmite mesmo pureza, no seu estado mais primitivo e inocente. É o amor incondicional a olhar para nós, creio que cada vez que olho para esta sua criação, me surgem sempre pensamentos que eu julgava que nem existissem, sabia? Agora tenho um pedido, faça mais, crie mas obras lindas e intemporais como "The Thinker", please.
EliminarBeijinhos de Luz no seu coração!
Ana Maria
Um texto que dá vontade de não parar de ler. Muito bom e esclarecedor.
ResponderEliminarBeijos,
Élys
Élys, obrigada. Muita generosidade a sua. Grata pela sua visita.
EliminarBeijinhos de Luz!
Ana Maria