segunda-feira, 14 de novembro de 2011



Balada de Lisboa

Em cada esquina te vais 
Em cada esquina te vejo 
Esta é a cidade que tem 
Teu nome escrito no cais 
A cidade onde desenho 
Teu rosto com sol e Tejo 

Caravelas te levaram 
Caravelas te perderam 
Esta é a cidade onde chegas 
Nas manhãs de tua ausência 
Tão perto de mim tão longe 
Tão fora de seres presente 

Esta e a cidade onde estás 
Como quem não volta mais 
Tão dentro de mim tão que 
Nunca ninguém por ninguém 
Em cada dia regressas 
Em cada dia te vais 

Em cada rua me foges 
Em cada rua te vejo 
Tão doente da viagem 
Teu rosto de sol e Tejo 
Esta é a cidade onde moras 
Como quem está de passagem 

Às vezes pergunto se 
Às vezes pergunto quem 
Esta é a cidade onde estás 
Com quem nunca mais vem 
Tão longe de mim tão perto 
Ninguém assim por ninguém

Manuel Alegre, in "Babilónia"

Muita Luz!

2 comentários:

  1. Amiga linda, que belas palavras, que linda declaração de amor.

    Beijos de chuva.
    Lua.

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  2. Amiga Lua, eu também acho :)
    Continuação de uma boa semana para vc.
    Beijinhos de mar.
    Ana Maria

    ResponderEliminar

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